A arte dos povos antigos

Além das obras etruscas, greco-romano, egípcias, medievais, renascentistas, românticas, europeias, esculturas, pinturas, móveis, decoração, objetos arqueológicos, enfim, uma infinidade de objetos de arte, o Musée do Louvre traz um considerável acervo de obras oriundos de outras partes do mundo, de civilizações tão remotas como assírios, sumérios, mesopotâmios, babilônios, persas, africanas, da Ilha da Páscoa, Oceania, Ásia, civilizações pré-colombinas e norte-americanas.

 

Artes Orientais

O Museu de Assiriologia do Louvre foi o primeiro museu europeu dedicado ao assunto, constituído no ano de 1847, devido ao desenvolvimento das escavações arqueológicas no Oriente Médio.

Os assírios eram amantes da guerra e seu touros alados são reconstruções do palácio de Sargão II, de 722 a 705 a.C., cujo principal rei foi Dario I, seguido de seu filho Xerxes.

lamassu

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Acima, um lamassu, uma divindade da antiga Mesopotâmia, feito em calcareo, datada do século VIII a.C.

Código de Hamurábi

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Um dos maiores tesouros do Louvre é o bloco negro de basalto, conhecido como o Código de Hamurábi, código do rei babilônico datado de cerca de 1700 a.C. e um dos mais antigos documentos legais do mundo.

Friso dos Arqueiros

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Outro destaque é o Friso dos Arqueiros de Susa, afrescos em relevo de ladrilho esmaltado da Mesopotâmia, que foi utilizada por reis Aquemênidas em decorações de fabulosos palácios. O rei Dario I, que governou de 522 a 486 a.C., fez de Susa a capital administrativa do reino persa e mandou construir um belo palácio, segundo a tradição da Babilônia.

Os soldados da armada persa eram motivos recorrentes na decoração dos palácios e em colunas. A arte persa espelhava-se na arte grega, e seus arqueiros eram vestidos com túnicas pregueadas, que não eram seus trajes tradicionais de combate, mas uma estilização dos gregos.

Outro detalhe interessante nos arqueiros é que os cabelos e barbas em nada lembravam os guerreiros persas da Mesopotâmia, retratados pelos artistas de Susa.

Artes do Islã

Outros tesouros desse período são a imagem sentada de Ebih-il, de 2400 a.C. e vários retratos de Gudea, príncipe de Lagash.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

As artes desses povos estão expostas nos pisos térreos das alas Richelieu e Sully, e são um verdadeiro tesouro.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

No Cour Visconti, fica o departamento de Artes Islâmicas do Louvre, que possui cerca de seis mil peças em 3 mil m², divididos em dois andares, sendo um andar subterrâneo.

 

Alguns tesouros como tapetes persas milenares e restaurados, porcelanas do norte da África e do Oriente Médio, complexos mosaicos de azulejos na qual muitos foram remontados, a pia batismal de Louis IX, o San Louis, chamada Píxide de al-Mughira, uma caixa de marfim da Andaluzia, uma bacia de metal do período mameluco, fragmentos do Shagnameh, um poema épico de Ferdusi, escritor persa e o vaso Barberini, um vaso de metal da Síria.
Em um época de intolerância, manter aberto esse esse departamento  muçulmano no museu do Louvre, talvez seja o maior exemplo da Fraternité do povo francês.

 

O Departamento de Artes do Islã é um dos cantos menos visitados do Musée do Louvre, com obras entre os séculos 7 e 19, que fica fica no piso -1, Mezanino / Entresol, da ala Denon. Aqui você não encontrará ávidos turistas. Um verdadeiro oásis de tranqüilidade em pleno Louvre.
Retrato de uma Jovem
Outro belo exemplar de arte islâmica é o Retrato de uma jovem, na sala 1, que faz parte do tipo de obra conhecida como Retratos de Fayum, um retrato realista pintado em madeira, para as múmias egípcias do delta do Nil até a Antiga Núbia, comuns em imigrantes gregos no Egito de origem ptolomaica, a Alexandria, um tipo de arte comum na Macedônia.
Artes da África, da Ásia, da Oceania e das Américas

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O pavilhão de Antiguidades da África, da Ásia, da Oceania e das Américas que fica no primeiro andar da ala Denon e trazem algumas relíquias situadas pelo espaço geográfico.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

As esculturas  são em sua maioria em madeira, como a da foto acima que é das Ilhas Salomão, na Oceania, datada do século 17. A coleção destes continentes começou a ser formada a partir dos anos 2.000. Bem menos procurada, a coleção desses continentes é geralmente um outro oásis de paz perto de outras coleções do Louvre. O espaço é pequeno, são apenas 108 obras-primas geridas pelo Musée du Quay Branly.

 

Com 1.200 m², o espaço foi idealizada por Jacques Kerchache, colecionador e ativista de arte não-européia.

Para o Louvre, a abertura da coleção de arte de outros continentes tem por base o pensamento de Claude Lévi-Strauss, que em 1943 declarou “o tempo não é distante e, sem dúvida, as coleções dessa parte do mundo vão deixar os museus etnográficos e estarem em museus de belas artes.”