Península do Marau, você não vai querer ir embora

Localizada entre Morro de São Paulo e Itacaré no litoral sul baiano, a Península do Maraú fica no pedaço do litoral baiano conhecido como Costa do Dendê. Para conhecer todas as atrações da Península de Maraú, serão necessários entre cinco e sete dias de viagem. Chegar à Península de Maraú não é tarefa muito fácil, então a dica é aproveitar bem e ficar o máximo possível por lá!

O pôr de sol perfeito na Ponta do Mutá

Disponha de tempo para:

  • visitar todas as praias;
  • praticar snorkeling nas piscinas naturais de Taipu de Fora;
  • assistir ao pôr do sol na Ponta do Mutá;
  • fazer um passeio de barco pelas ilhas da Baía de Camamu até a Cachoeira do Tremembé;
  • curtir a Praia de Algodões;
  • percorrer a Trilha das Bromélias de quadriciclo;
  •  tomar um banho no Rio Carapitangui;
  • conhecer a Lagoa do Cassange;
  • visitar o povoado de Taipu de Dentro;
  • curtir a vila de Barra Grande.
Igrejinha no centro da vila de Barra Grande

Como chegar na Península do Maraú?

Para quem vai pousar no aeroporto de Salvador, uma ótima saída é ir de ferry boat – uma espécie de balsa bem grande, que comporta algumas dezenas de pessoas. Anote o caminho que precisará fazer:

Travessia de balsa entre Salvador e a Ilha de Itamaracá
  • Do aeroporto, vá até o terminal de ferry boat. Lá, você vai pegar a embarcação na hora, especialmente em dias mais vazios. Na temporada, pode haver filas.

  • O ferry boat irá te levar até Bom Despacho. De lá, será necessário fazer uma conexão por terra para Camamu.

  • Por fim, de Camamu, há opções de barcos ou lanchas que saem para a Península de Maraú e que levam 20 minutos de viagem pela baía.

  • O primeiro lugar da península é Barra Grande. De fácil acesso, é onde se localizam as principais pousadas na vila principal da cidade. Porém, há mais para se visitar no entorno e vale a pena realizar alguns passeios ou se hospedar mais ao fundo da cidade.
Localização da Península do Marau no litoral baiano

Descendo no aeroporto de Salvador, você pode locar carro e seguir viagem, mas já vou avisando que a viagem é longa e demorada e se baseie que é somente às 6h30 que o Google Maps indica. Primeiro você terá que passar por dentro de toda Salvador até chegar na saída do ferry boat para a atravessar para Ilha de Itaparica. Depois seguir viagem pela BA 001 rumo ao sul.

A bela paisagem da BA 001

A grande dificuldade são as cidadezinha e povoados que você vai encontrando no caminho, onde as construções são rente à rodovia e sem acostamento, com alguns pontos muito esburacados, muita gente transitando à pé e de bicicleta, inclusive à noite. Crianças brincando, cabras passeando e cachorros atravessando a pista é uma constante ao longo da rodovia. Se anoitecer a vigem fica mais tensa bem tensa e é desaconselhável. Se aventure somente se for sair de Salvador pela manhã mais cedo, pois só na balsa é 1h perdida. Mas a paisagem é linda.

A rica biosfera do sul da Bahia

Quanto você avista a entrada da Península na BA 030é uma alegria. Mas logo você estará comendo poeira por uma estrada de terra cheíssima de buraco, quando chove é pura lama.

A estrada de terra do Marau

São mais 40 km ‘s sacudindo muito para chegar até Barra Grande, a vila com mais infra da Península. Chega até dar um enjoo. Quando chegar você estará exausto e já será umas 20h.

Se chover a estrada fica pior ainda

Outra opção é pousar no Aeroporto Jorge Amado, em Ilhéus e locar um carro para ir até Marau, o trecho é mais rápido, de aproximadamente 3h15 de viagem e com muito menos cidade e vilazinhas pelo caminho e a rodovia, apesar da pista simples, é na maior parte bem conservada.

O Boulevard de Barra Grande

De Ônibus:
Há linhas regulares de todo o país para Salvador, Ilhéus e Itabuna, de onde partem ônibus para Camamu, onde há um porto que serve toda a península. Vale ligar na rodoviária da capital baiana. Rodoviária de Salvador – Telefone: (71) 3460-0000

Onde se hospedar?

As opções de hotéis, pousadas e locações de imóveis é mais fácil em Barra Grande. Creio que apesar de ficar no fim da península oferece mais estrutura de restaurantes e hospedagens e um pouco mais de agito noturno.

A Ponta do Mutá e seus coqueiros

Além de poder ir à pé até a Ponta do Mutá e curtir um dos mais maravilhosos pôr de sol do país.

Praia de Taipu de Fora

Na Praia de Taipu de Fora e Algodões a vida passa mais em slow motion à noite e para quem quer um agito, a praia é bem sossegada que Barra Grande.

A Praia de Algodões

Além disso são poucas opções de restaurantes e bares. Na Praia de Algodões, mais no início da península é ainda mais tranquilo e com menos opções ainda de hospedagem e restaurantes.

As incríveis piscinas naturais de Taipu de Fora. Leve seu snorkel.

Como se locomover na Península do Maraú?

Se você não locou um carro em um dos aeroportos para circular na península, o ideal é usar uma moto-táxi que geralmente ficam em Barra Grande ou alugar um quadriciclo para conhecer outras praias como a de Taipu de Fora. A praia de Algodões é mais distante e fica desconfortável ir pela estrada de terra. A diária custa em média R$120 na baixa temporada e na alta chega até R$200,00 à R$ 250,00 – e acredite, faltam quadriciclos!

Quadriciclo é um boa opção para rodar pela península

As jardineiras, que são caminhonetes adaptadas com bancos de madeira na carroceria, são uma opção mais econômica para se deslocar. Com maior frequência na alta temporada e feriadões, elas levam para as principais localidades e tem preços tabelados. O ponto principal fica próximo do cais de Barra Grande e as saídas tem horários agendados. Prepare-se apenas para chacoalhar e comer um pouco de poeira na estrada.

Moto-táxi em Barra Grande
Também existem táxis  que levam a todos os lugares da Península, mas cobram valores salgados. Uma corrida entre Barra Grande e Taipu de Fora custa R$60 em média.

Qual a melhor época para ir para a Península do Marau?

Apesar de o clima ser quente e úmido o ano todo, a temporada de chuvas vai de abril a maio.

Barracas na Ponta do Mutá

O período mais seco é de setembro a novembro. Nos demais meses, pode haver chuva, mas normalmente nada que comprometa sua viagem.

Em outubro e novembro são meses secos e a praia fica sossegada. Já fim de ano e férias a região bomba

Um pouco da história da Península do Marau

A Península de Maraú começou a bombar e ficar mais famosa a menos de uma década. Nos últimos anos, o réveillon  fez o local ser muito procurado, principalmente depois que Neymar e sua turma, entre eles o surfista Gabriel Medina, costumam passar a data por lá.

Costa da península

A população da península somando todas suas vilinhas é de 18.500 habitantes, com moradores muito receptivos ao turismo, até porque grande parte vive disso, mas têm receio de que a Península se transforme em algo sem controle, com roubos e outros problemas de cidades grandes. Esse é um dos motivos pelos quais mantêm a estrada de terra, tornando o acesso mais difícil.

Casinha na Ilha da Pedra Furada

Economicamente, além do turismo, a pesca é também uma importante fonte de renda para a região. No final do século XIX começou-se a cultivar o dendê, que hoje dá nome a esse pedaço da costa, além de seringueiras, cravo-da-índia, pupunha, cacau, guaraná e pimenta-do-reino. Há uma feira livre aos sábados, onde você pode experimentar e comprar todos esses itens.

Taipu de Dentro

Há boatos de que a cidade já foi visitada pelo escritor francês Antoine de Saint-Exupéry, autor de “O Pequeno Príncipe”, que ficou morando no povoado por um tempo. Isso nos contaram no passeio de barco e até nos mostraram a tal casa.

A Baía da Camumu

A Península de Maraú é banhada de um lado pelo Oceano Atlântico e à oeste fica de frente para a baía de Camamu, que é a terceira maior baía do Brasil e a segunda do estado da Bahia, ficando — em volume de água — atrás da baía de Todos os Santos e da baía de Guanabara, no Rio de Janeiro.

A baía possui diversas ilhas em tamanhos variados, praias e ambiente preservado de mata e mangues. Você vai gostar tanto da península, que todo o sacrifício de chegar por lá terá valido muito à pena.