A Jamaica possui uma boa infraestrutura de turismo, com vários resorts e alguns bons hotéis para quem deseja uma hospedagem mais econômica, além de muitas casas e quartos interessantes pela plataforma Airbnb. Se vocês está pensando em conhecer a ilha, leve em conta algumas dicas durante o planejamento da sua viagem.
Qual a melhor época para viajar?
O melhor período para curtir umas férias na Jamaica vai de dezembro à abril, meses de sol mais firme, sendo março o de menor índice pluviométrico no país, calor ameno e vento caribenho. De junho até setembro, os meses de verão, pode ocorrer furacões, tempestades e temperaturas altas. Bom recordar que julho é o mês das férias escolares nos Estados Unidos e Europa, quando a ilha costuma ficar mais lotada. A média da temperatura vai de 27° à 35°C.
Passaporte, Visto, Vacinas e outros
A Jamaica dispensa brasileiros de visto para entrar no país por um período de até 90 dias, mas o o passaporte deve estar válido entre o período da entrada até a saída do país. Os agentes da alfândega também pedem onde ficará hospedado. Tenhas seus check in em mãos.
Para ingressar no país é exigido comprovante internacional de vacina contra febre amarela. O limite de entrada em moeda no país é de US$10.000 ou equivalente.
Aeroportos Internacionais
Os principais aeroportos internacionais da ilha são o Sangster International Airport (MBJ), em Montego Bay e o Norman Manley International Airport (KIN), em Kingston.
Moeda e Câmbio
A moeda oficial é o dólar jamaicano, mas o dólar americano é amplamente aceito em vários lugares da ilha, principalmente nas cidades litorâneas. U$ 1,00 equivale a J$ 134,20. É claro que ninguém paga esse valor, a média em casa de câmbio varia de J$ 117,00 à J$ 125,00, principalmente em lugares como Montego Bay e Ocho Rio, cidades com muito movimento devido aeroportos e parada de cruzeiros, onde câmbio não tende ser muito bom.
Já em lugares como Port Antonio, com menos turistas, conseguimos trocar U$ 1,00 por J$ 128,00. E num mercadinho. Vários estabelecimentos como mercadinhos, bares e lojas de souvenires trocam dólares por jamaicanos, como eles chamam a moeda local.
Restaurantes costumam aceitar pagamentos em dólar, sem problemas e cartão também é aceitos na maioria dos estabelecimentos comerciais. Alguns postos de gasolina não aceitam dólares, outros aceitam mas fazem uma conversão péssima ou devolvem o troco em jamaicanos. Por isso é bom sempre ter a moeda local na carteira.
Nas casas de câmbio, dentro dos aeroportos de Montego Bay e Kingston, troque somente o necessário para suas primeiras horas na ilha, pois ali o dólar vale somente J$ 102,00. Bancos também fazem câmbio, mas geralmente pagam menos que as casas de câmbio.
Segurança
Não tivemos problemas de segurança nas cinco cidades que visitamos na Jamaica, mas no Portal Consular do Itamaraty a orientação é “viajar com alto grau de cautela”. A minha experiência foi ótima, apesar da ganja (marijuana) rolar solta em todas as cidades, a maioria dos problemas que acontecem no país deve-se ao tráfico de drogas e crimes entre jamaicanos, principalmente na capital Kingston. Em alguns lugares de Montego Bay também acontecem crimes, por isso é bom evitar o centro à noite.
Não vimos furtos ou assaltos. Também não vimos muito policiamento pelas ruas. Assim olho vivo em alguns lugares de Kingston. Quem for à capital, melhor ficar pela região de New Kingston, próximo às principais atrações como o Bob Marley Museum, Redemption Park e Devon House.
Mulheres viajando sozinhas ou mesmo em grupos os jamaicanos chegam junto das turistas, vimos isso em muitas praias. Primeiro vendendo ganja, depois paquerando, e ficam insistindo. A maioria fica de boa,mas sempre é bom ficar ligada, sem preconceitos, é claro. Principalmente nas praias onde ficam mais próximos das turistas.
Saúde
A Jamaica é um país pobre, porém é preocupado com a saúde. Prova disso tivemos agora em março quando começaram os primeiros casos de coronavírus na ilha. Alguns dias depois todos restaurantes, farmácias, mercados, bares, etc,…começaram a disponibilizar um funcionário na entrada do estabelecimento com álcool-gel para os clientes.
A água, na maioria dos lugares, é potável e pode ser bebida a água da torneira. O serviço médico é precário na ilha e faltam hospitais. Apesar de não pedirem seguro-médico na entrada, é recomendável viajar com um seguro médico internacional.
Fuso Horário
A diferença entre Jamaica e Brasil é de duas horas à menos.
Língua
A língua oficial é o inglês, mas você escuta a população falando patois jamaicano entre eles, com uma pronúncia marcante e cheia de gírias. Robert, que conhecemos em um restaurante em Ocho Rios nos disse que o patois consiste em cortar e juntar palavras inglesas, um estilo da ilha.
Transporte e Rodovias
O transporte não é muito fácil. Caso vá ficar em um resort, o melhor é pegar um táxi ou van até a hospedagem. Nós locamos um carro popular pela Álamo, na RentalCar, no Aeroporto de Montego Bay. Pagamos R$ 2.500,00 por 13 dias. Percorremos praticamente o país de norte a sul e de leste à oeste.
Creio que valeu muito, pois conhecemos praias e lugares sem necessitar contratar passeios, que ficariam em torno de U$ 25,00 à U$ 100,00 por pessoa para conhecer, fora a chatice em ter que ficar baseados em uma cidade e perder tempo em vans. Montego Bay-Ocho Rios leva-se 1h30. O mesmo vale para Montego Bay-Negril. É necessário a carteira internacional de habilitação. Viajamos com o roaming da nossa operadora, Vivo, que para surpresa está dando 15 dias gratuitos no ano.
Levamos quase uma hora para conseguir retirar o carro na locadora, mas correu tudo bem. Apenas prepare-se psicologicamente para dirigir na Jamaica, pois o lá é mão inglesa e no começo tudo fica muito confuso. Além disso, os jamaicanos correm feito loucos, cortam a frente e dirigem com a mão na buzina insistentemente. São extremamente impacientes para dirigir. Então, se você não tiver muita habilidade, é realmente estressante e a dica é ir na sua vibe, respirar e tentar ficar surdo ante o buzinaço.
Transporte público
Há linhas de ônibus confortáveis que ligam as principais cidades e destinos turísticos (Kingston, Ocho Rios, Montego Bay, Port Antonio, Discovery Bay e Negril).
Muitas cidades menores como Port Antonio e Negril os táxis também são coletivos, podem levar mais de uma pessoa, até zonas mais mais afastadas.
Rodovias
As rodovias da Jamaica são ótimas entre Montego Bay – Ocho Rios – Kingston. A de Montego Bay até Ocho Rios, que vai pela costa é a A1, sem pedágio. Um pouco antes de Ocho Rios, acessa-se a Highway 2000, essa rodovia é ótima e estava bem vazia, passa próximo às Blue Mountains. Você retira um cartão no pedágio eletrônico no início da rodovia, o Toll Card e paga no final, chegando em Kington.
Já entre Ocho Rios – Port Antonio a estrada é razoável no início, passando Port Antonio fica péssima esburacada, cheia de curvas pois já estamos próximo às Blue Mountains. A rodovia tem pouca sinalização e motoristas dirigem em alta velocidade, principalmente os serviços de táxis. Montego Bay – Negril também é razoável nos primeiros 15 km’s e depois vai ficando péssima, porém sem as curvas de Port Antonio.
É normal no trecho Ocho Rios – Port Antonio e Montego Bay – Negril você se deparar com muita gente andando pela pista que não tem acostamentos, cruzando com bicicletas à noite, cabras, cabritos, rastafáris, mulheres carregando bebês e crianças brincando na beira da estrada. Quando se passa nas cidadezinhas à beira da rodovia, tudo é caótico e requer muito cuidado.
Uma verdadeira loucura.
Distâncias
Montego Bay – Ocho Rios- 100 km (1h45), rodovia A1;
Montego Bay – Kingston: 170 km (2h45), rodovia A1 e Highway 2000;
Montego Bay – Port Antonio: 202 km (3h50), rodovia A1 eA3;
Montego Bay – Negril: 81 km (1h40), rodovia A1;
Ocho Rios – Kingston: 84 km (1h15), Highway 2000;
Kingston – Port Antonio: 90 km (2h15), pela Highway 2000 e A3;
90 km (3h), pela B1 que passa no meio das Blue Mountais e A1 (cheia de curvas);
Kingston – Negril: 218 km (4hs), rodovia A2;
Port Antonio – Negril: 279 km (5h10), rodovias A4 e A1;
Ocho Rios – Negril: 177 km (177 km).
Serviço Consular na Jamaica
Foi necessário o apoio da embaixada durante nossa viagem, pois o Latam cancelou nosso voo de um dia para o outro e não deram explicações, nem atendiam o telefone. Compramos novos bilhetes pela a COPA (a segunda passagem adquirida) em plena ascensão do coronavírus no mês de maio, quando começou a loucura dos fechamentos de fronteiras e espaço aéreo de países. Quando pedimos orientação à Embaixada em Kingston, eles estavam em home office e não atendiam telefone. Responderam e-mail alguns dias depois, mas sem se posicionarem. Apenas nos mandando retornar o mais rápido possível. Isso estávamos tentando. Responderam, disseram que ligaram para a Latam, mas ficou nisso mesmo. Quer dizer, não adiantou nada e não haviam muitos brasileiros na Jamaica. Segundo o consulado havia mais um casal que havia contatado o serviço e encontramos uma família com cinco adultos em Ocho Ríos alguns dias antes.
Embaixada do Brasil em Kingston
Endereço: EMBASSY OF BRAZIL 23, Millsborough Crescent Kingston 6, Jamaica.
Telefone: (001876) 946-9812/927-8964;
Plantão Consular: (1876) 579 5347 (somente para emergências)
Email: brasemb.kingston@itamaraty.gov.br; consular.kingston@itamaraty.gov.br;
Site da Repartição: http://kingston.itamaraty.gov.br/pt-br/
Facebook: https://www.facebook.com/setorconsularkingston/?fref=ts
Consulado Honorário em Montego Bay
Titular: James Goren
Endereço: Stella by the Sea, Tryall Club, Montego Bay, Jamaica W.I.
Telefone: 1876-779-2371
E-mail: james@goren.net
Também é interessante, antes de embarcar, dar uma lida sobre os costumes da ilha, que estão no site do Itamaraty. Para isso, clique aqui
